Quote da Semana

"Se você vai tentar, vá até o fim.
Caso contrário, nem comece."

- Charles Bukowski.

Livro X Filme: A culpa é das estrelas.

E hoje, para ressuscitar essa coluna, vamos a uma comparação de um livro extremamente conhecido - e amado - e um filme muitíssimo aguardado por todos.

O livro.
Esse livro me torna uma grande admiradora do trabalho de John Green. Acredito que, de modo muitas vezes errôneo, os livros YA são constantemente julgados como obras de qualidade inferiores. Contudo, com esse romance, John Green consegue provar que é possível criar literatura de muitíssima qualidade dentro desse gênero.

Acho improvável que algum de vocês não conheça pelo menos a sinopse desse livro - aliás, tenho certeza que a maioria já leu e gostou muito -, então, vou deixar a parte de situar sobre a história de lado.

Câncer e romance adolescente são dois temas muitíssimo abordados nesse gênero. Mesmo sendo muito batidos, são dois assuntos difíceis de se trabalhar com qualidade - ainda mais se forem juntos - sem criar uma atmosfera excessivamente dramática. E, é por conseguir isso, que gosto tanto de A culpa das estrelas. A obra tem uma atmosfera consideravelmente leve - dentro do tema -, possui humor, romance e aborda a morte prevista de um modo excelente. Por isso, vejo muita maestria na escrita de John Green.

Lembro que, quando comprei esse livro, esperava o mesmo drama característico do Nicholas Sparks - só que adaptado em uma versão mais adolescente. Eu não poderia estar mais enganada.

Se você quer saber um pouco mais sobre a história e conhecer meus trechos preferidos do livro - e também um pouco mais sobre minha opinião levemente alterada pós leitura - é só conferir a resenha (aqui).

O filme.
Como o texto do filme foi feito pela dupla Scott Neustander e Michael H. Webber eu já estava tranquila. Talvez você não saiba, mais essa dupla também foi responsável pelo filme 500 dias com ela - que eu amo e que você pode saber mais no post Filmes para ver quando estiver decepcionado com o amor
Se você conhece esse filme, vai notar algumas semelhanças com A culpa é das estrelas. Em ambos, os protagonistas não tem toda aquela máscara hollywoodiana, a trilha sonora é fofa e o drama é controlado - e, quando aparece, é no ponto e hora certa.

De modo geral, gostei muitíssimo da adaptação cinematrográfica. Como sempre, e obviamente, algumas cenas são cortadas e nem tudo é minimamente igual - e nem pode ser, afinal, você não vai ao cinema para ler o livro, são duas coisas diferentes. Mas, foi bem fiel e fez jus ao livro.

A escolha dos atores foi excelente. Gostei muito do Ansel Elgort como Gus - ele ficou perfeito falando todas aquelas frases minimamente perfeitas do personagem -, Shailene Woodley ficou ótima como Hazel e a escolha de Willem Dafoe como Peter Van Houten arrancou um sorriso do meu rosto.

O filme me arrancou sorrisos, risadas e lágrimas - como o livro. Cumpriu seu papel. Mas, - como sempre tem um mas, mesmo que leve - vou fazer duas observações - somente para ser uma leitura chata - :

- Não queria que eles tivessem cortado a participação John Green no filme. A cena era mínima, acrescentaria somente segundos ao filme, e seria muito válida.

- Para mim, pecou em deixar somente um trecho do livro de fora: o que da o gancho para o título! Sei que faz sentido sem ele, mas, isso não faz com que deixasse de ficar muito melhor com ele. Não sei se vocês lembram dessa parte:

" Todos nessa história têm uma hamartia sólida como uma rocha: a dela, estar tão doente, a sua, estar tão bem. Se ela estivesse melhor que o senhor ou o senhor, mais doente, então as estrelas não estariam tão terrivelmente cruzadas, mas é da natureza das estrelas se cruzar, e nunca Shakespeare esteve tão equivocado quando fez Cássio declarar: " A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas/ Mas de nós mesmos." Fácil falar quando se é um nobre romano (ou Shakespeare!), mas não há qualquer escassez de culpa em meio às nossas estrelas." pág.106
Além dessa, senti falta de algumas outras partezinhas - que eu gosto muito no livro. No entanto, essa uma diferença mais relevante para mim.

Livro X Filme.

Vocês sabem, leitor sempre prefere o livro. Contundo, não deixo - de forma alguma - de recomendar o filme. Ele se tornou uma das minhas adaptações literárias para o cinema preferidas. Sem dúvidas.

E você, gostou do filme? Sentiu falta de algum trecho do livro?

Confira o trailer - caso você viva em um universo paralelo e ainda não tenha visto:

 

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